CICLO DA CONFIANÇA

“Pós o fim da ditadura de Nicolae Ceausescu na Romenia, em 1989, o mundo ficou horrorizado ao descobrir que milhares de crianças romenas eram forçadas a viver em orfanatos mal administrados do governo. Devido ao fato de Ceausescu ter declarado ilegais todas as formas de controle de natalidade, muitos recém-nascidos eram entregues às autoridades, ou, simplesmente, abandonados nas ruas por pais, extremamente, pobres. Os mais novos eram rejeitados ao nascer, e, completamente, menosprezados quando chegavam nessas instituições cruéis.

Em muitos casos, bebês famintos eram trancados em berços como animais na jaula. Os bebês eram acorrentados às cadeiras por horas. Os funcionários ignoravam os choros das crianças e, raramente, trocavam suas fraldas. Essas instalações infernais - semelhantes a versões infantis dos campos de concentração nazistas - existiram na Romênia por mais de uma década. Mas, quando o comunismo caiu no Leste Europeu, as organizações de direitos humanos descobriram o quanto o regime de Ceausescu havia sido cruel com os cidadãos mais frágeis.

Muitos ocidentais correram para o país para adotar essas crianças famintas de amor após verem reportagens na TV mostrando as atrocidades na Romênia. Mas, em meados da década de 1990, estes pais adotivos descobriram em primeira mão o que os psicólogos já imaginavam. Essas crianças, que nunca conheceram o amor de um pai ou uma mãe, que nunca foram abraçadas, consoladas ou tiveram qualquer forma de afeição, estavam, irremediavelmente, lesionadas sob o ponto de vista mental e emocional.

ELAS TINHAM O QUE OS PROFISSIONAIS CHAMAM DE TRANSTORNO DE APEGO REATIVO, As crianças com esse distúrbio não conseguem agir normalmente.

Em um estágio precoce, falsas crenças começam a influenciar em suas personalidades. Elas começam a acreditar que os adultos são indiferentes, agressivos e indignos de confiança. Por terem sido desprezadas por tanto tempo, elas acabam perdendo a capacidade de confiar. Por não terem sido amamentadas ou alimentadas da forma correta, o desenvolvimento normal na infância se descontrola. Por nunca terem sido abraça-das, elas têm dificuldade de receber e dar amor, mas, por muitas vezes, vivem para o amor-próprio, buscando atender às suas necessidades não saciadas. Para escapar da dor da rejeição, elas se tornam auto-destrutivas. Essas crianças também desenvolvem raiva incontrolável, hiperatividade grave, transtornos de aprendizagem e tendências compulsivas mo mentir, roubar ou esconder comida”.

Uma história real - Trecho do livro “Sentindo o Abraço do Pai - Jack Frost”

Infelizmente esta ainda é uma realidade de muitos adultos, O ciclo da confiança tem mais haver com o seu passado do que com o seu presente, você pode estar cercado de amor, mas se não conseguir vencer suas marcas de dores e abandono, você rejeitará o amor que está recebendo.

A obra prima do diabo é fazer com o homem não confie em outro homem, e assim produzam muros de indiferença e distância, promovendo divisão em famílias, empresas e em amizades.

Nós fomos chamados para viver com base na confiança. A confiança é a primeira tarefa de desenvolvimento que toda pessoa precisa alcançar na infância a fim de desenvolver um senso de saúde. Quando uma criança chora e uma necessidade é atendida, um ciclo de confiança se completa.O ciclo de confiança só pode ser completado por meio de uma conexão relacional.

“Quebra de provisão relacional produz doenças e marcas profundas” Eduardo Freire

Já o ciclo de desconfiança cria uma realidade alienante e dolorosa, estas pessoas passam a viver sem amor, e se tornam sobreviventes.

“Os sobreviventes aprendem a manipular o ambiente e as pessoas ao redor a fim de ter algumas de suas necessidades atendidas. Criam uma realidade na qual não são amados, essa é a marca do espírito de orfandade.

Quando Jesus declarou “nascer de novo”, Jesus estava dizendo: “Vamos começar esta coisa de confiança outra vez”. Aceite ser cuidado com um amor completo e incondicional”.

Danny Silk

É importante termos gravados em nossos corações que fomos criados para a intimidade e liberdade. E assim entenderemos que o:

1. O AMOR VENCEU O MEDO DA VULNERABILIDADE E REJEIÇÃO

O medo de ser vulnerável e rejeitado tem roubado e nós relacionamentos saudáveis e legítimos.

2. O AMOR NOS ENSINA A LIDAR COM A EXPOSIÇÃO

O receio da exposição tem tirado de nós a habilidade de fazer amigos

3. O AMOR NOS CONECTA A PESSOAS REAIS COM O PROPÓSITO REAL

Vivemos num mundo de pessoas conectadas, mas precisamos pensar se esta conexão produz vínculos, se pararmos par pensar o método antigo ainda funciona.

4. O AMOR NOS LIVRA DAS FALSIFICAÇÕES

Lamentavelmente, essas falsificações sempre têm repercussões terríveis, como motoristas embriagados matando pessoas inocentes; jovens destruindo seus cérebros; homens ignorando as belas mulheres reais que estão ao lado deles e trocando-as por imagens; dívidas graves; obesidade mórbida e uma série de doenças que a acompanham; pessoas em busca de prazer que lentamente ficam entorpecidas para a realidade; e pessoas egoístas que não se importam em quem vão pisar para conseguir o que querem.

As falsificações nunca satisfazem. Sempre que você tenta ter suas necessidades supridas por meio do controle, acaba sendo controlado e tornando-se viciado. Você perde a liberdade e entra em um cativeiro que impede que a dor contra a qual você está tentando se auto medicar seja curada.

Fomos criados para ter as nossas necessidades supridas por meio de relacionamentos com pessoas que não controlamos. Danny Silk O amor — é uma escolha livre — é a única coisa que satisfará nosso coração. Bispo Eduardo Freire