A SOMBRA DAS TELAS

CONHECENDO O SENHOR, CRESCEMOS.

Pastor Andrei Alves

6/18/20252 min read

a man riding a skateboard down the side of a ramp
a man riding a skateboard down the side of a ramp

O conhecimento sempre esteve associado à ideia de luz. Afinal, é por meio do conhecimento que alcançamos as coisas que estão presentes ao nosso redor. O conhecimento é a chave para revelar a vida disponível para o ser humano. Uma frase de C.S. Lewis me persegue quando ele afirma que o conhecimento de Deus é o que nos permite conhecer todas as coisas: “Eu acredito em Deus como acredito que o sol nasceu; não apenas porque o vejo, mas porque por meio dele vejo tudo o mais”. Uau!

Os gregos entendiam o conhecimento que o ser humano deveria almejar como “theores”, que significava literalmente “aquele que vê”. E, para eles, havia um conhecimento menos revelante que era a “tecné”, que significa “aquele que faz”. Sem dúvidas, os avanços tecnológicos não são um problema para o ser humano, desde que o ser humano não seja possuído por eles. Não precisamos ser tão radicais como Diógenes de Sínope que pensava que: “não quero ter propriedade de nada, para não ser propriedade de ninguém”. Sim, o filósofo percebeu que no meio social e no desejo de obter as coisas, ele acabava se perdendo. Então, tomou a decisão radical de viver fora da comunidade. Sua figura geralmente associada aos cachorros e a um barril, afinal a escola que criou era chamada de cinismo (do grego, “kynikós” que significa literalmente “cachorro”).

Você já parou para observar como a imaginação está em coma e com um diagnóstico terrível? Eu me lembrei agora de um filme chamado “História sem fim”, que basicamente mostrava a conexão entre o mundo real e o mundo da fantasia. Tratava-se de um menino que começou a ler um livro e que havia um grande vilão que se chamava “Nada”. O “Nada” era apenas o fato de que as pessoas pararam de ler o livro e como elas não liam, os personagens morriam.

Quantos personagens têm morrido nos dias de hoje? Quanto da imaginação tem sido tomada pelo “Nada”? Mas, alguém poderia afirmar: “as telas não seriam os livros de hoje”?

Muito distante das telas assumirem esse protagonismo. Algumas razões para isso: 1. As telas não exigem a imaginação, elas as entregam prontas. O trabalho está pronto. A imaginação não é exigida.

2. A neurociência já comprova que as telas provocam um efeito completamente diferente no cérebro em relação aos livros. Ao ler o seu cérebro exerce muito mais esforço e se desenvolve mais.

Pr. Andrei Alves